Alguns são os que hoje proclamam José Sócrates como o «melhor líder político português da actualidade».
Quando as qualidades de alguém são avaliadas subjectivamente, podemos sempre dizer que tudo é possível.
Mas quando a qualidade é avaliada, objectivamente, tende a desmentir o que os sentimentos afirmam.
José Socrates, António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes e Passos Coelho, tem algo em comum: todos, apresentando-se a eleições, foram escolhidos para ser primeiro-ministros de Portugal, entre 1995 e 2013.
Enquanto primeiro-ministros tinham a obrigação de propor e executar as políticas necessárias para garantir o desenvolvimento económico e social do País.
Todos falharam nessa missão.
Se não veja-se:
Entre 1995 e 2012, a evolução do nosso Produto Interno Bruto, caiu de um crescimento anual efectivo de 8% para um decréscimo efectivo de - 3%. E em 2013 (no primeiro semestre) continua o nosso PIB a decrescer em cerca de -2%.
Mais grave do que isso, a nossa dívida pública, entre 1995 e 2012, passa de cerca de 60% do nosso PIB (ou seja, da nossa riqueza) para cerca de 120% do mesmo. E, em apenas 6 meses de 2013, a nossa divida externa ultrapassa já 130% do nosso PIB.
Além disso, entre 1995 e 2012, os nosso governos sempre tiveram as contas publicas deficitárias, entre cerca de 5% e 6,5%. Em meados de 2013, o nosso déficit cifrava-se já em cerca de 7%
Os dados acima indicados provam que todos os nossos primeiro-ministros dos últimos 18 anos falharam as suas políticas económicas e levaram o país ao empobrecimento.
Mas para perceber o papel de cada um destes primeiro-ministros na nossa derrocada é necessário ver outros números.
António Guterres, entre 1995 e 2002, conseguiu que o PIB português crescesse, em média, 7% ao ano, manteve a divida sempre abaixo dos 60% do PIB e manteve um déficit, em média, de 4%.
Durão Barroso, primeiro, e Santana Lopes, depois, entre 2002 e 2005, conseguiram que o PIB português crescesse, em média, 3,5% ao ano, aumentaram a divida nacional dos 56,6% do PIB para 66% deste e aumentaram o déficit das contas publicas de 3,4% para 6,5%.
Passos Coelho, entre 2011 e meados, conseguiu que o PIB português decrescesse, em média, cerca de 2% por ano, aumentou a divida nacional de 102% do PIB para 131% e manteve um déficit, em média, próximo dos 6%.
Concluindo
Afirmar que José Socrates é «melhor líder político português da actualidade» só pode ser uma mistificação da realidade. Não é possivel dar um tal tributo a quem consegue a proeza de fazer crescer menos a nossa riqueza, aumenta a nossa divida quase 100% e obtem déficits proximos dos 10% dois anos consecutivos