O fim de ano é, sempre, uma época
para se viver em família e em festa e, quase sempre, uma altura em que se fazem
balanços e se formulam novos propósitos e objectivos para o futuro.
Falando de política, após um ano
de eleições autárquicas, que o voto popular trouxe novidades e renovação, é
demasiado cedo para se fazerem balanços. Assim, a melhor opção é sempre o
refúgio no lugar comum. Mudamos? Esperamos que para melhor! O que foi feito
terá, certamente, uma explicação e aguardamos por ela, de modo sereno e expectante.
Oxalá tal explicação não tarde muito!
Isto dito, é hora de formular as resoluções
para o novo Ano.
1ª – Devolver a palavra a quem deve decidir.
Num ano em que somos chamados a
determinar, em várias instituições, os destinos para os próximos anos, nada melhor
que o nosso primeiro objectivo seja o de respeitar a democracia. Sem jogos mais
próprios de caciques e não de cidadãos. Sem outro objectivo que não seja
assegurar a continuidade das instituições e, apenas, por apelo ao sentido de
serviço público que deve nortear os candidatos.
2ª – Caminhar sempre acompanhado da liberdade e da responsabilidade.
São estas as duas companheiras de
viagem que nos devem, sempre, acompanhar. Já o eram antes, continuarão a sê-lo
agora. Não podemos autolimitar-nos, nem ceder a outros interesses. Até porque,
salvo o devido respeito, perante tais princípios, nenhum “outro valor mais alto
se levanta”.
3º - Dar voz a quem dela mais precisa.
Na verdade, nem se trata de um propósito
novo. Será a apenas o continuar do caminho de ontem. A obrigação de quem quer
servir é escutar, compreender e emprestar a sua voz aos seus concidadãos. Isto para
que estes possam ser escutados pelos que exercem o poder. Até porque muitas
vezes se esquecem do seu papel de mandatários, de representantes.
Haveria mais que dizer,
certamente. Mas teremos, por certo, outros momentos para o fazer.
Bom Ano
Carlos Bianchi