quarta-feira, 11 de novembro de 2015

A QUEDA DE UM MITO


Os Portugueses, depois de várias décadas a comprar a ideia de que elegiam o 1º Ministro, foram confrontados com uma realidade com 39 anos: em eleições legislativas escolhem, só, os deputados que compõem a AR.

É, por isso, que não se compreende alguns lamentos que se vão lendo por aí.

É que o respeito pela Democracia constitucional, também se faz conhecendo as regras instituídas.

 

Mas também se não compreendem alguns dos argumentos que tentam justificar o que ocorreu.

Dizem uns: a coligação PSD-CDS não teve a maioria absoluta! Mas quem diz isso, há não muito tempo dizia que esse era um caminho errado para o País. Quererá, de futuro, que haja sempre maiorias absolutas? Quer PSD e PSD permanentemente, no Governo, sozinhos?

Dizem alguns: tinham que se respeitar o, quase, milhão de votos que BE e CDU receberam! Verdade. Mas e onde cabe o respeito mais de 2 milhões de votos que CDS e PSD representam, onde fica?

Dizem outros: Existe uma maioria de esquerda, que pode dar estabilidade a um Governo desse bloco! Onde está a estabilidade, quando se atira o PS para o governo e se lhe exige uma negociação à vista e em cada ano?

Dizem também outros: a coligação entre CDS e PSD, há 4 anos, fez-se após eleições! É verdade. Mas há 4 anos PSD havia ganho eleições. Há 4 anos, no PS estava quem nos levou à situação de ter de aceitar a intervenção externa. Hoje, a aliança á esquerda, assenta apenas num ódio á direita e na vontade de salvar a face, apenas.

Dizem finalmente: com a nova “aliança à esquerda” condições de mudar de política. O SYRIZA dizia o mesmo. Mas o choque com a “real politic” deu-se e, de repente, passou-se da esquerda à conformação.

Caiu um Governo, levante-se outro

Mas a consequência de tudo isto, irá ser, certamente, o aumentar do número de divorciados da Politica - hoje, mais de 4,5 milhões de concidadãos. Dá que pensar, não dá?

E certo, certo, é que pagará sempre o mesmo, no final.

 

Carlos Bianchi

Castro Daire.